Eichmann e a incapacidade de pensar: alienação do mundo e do pensamento em Hannah Arendt

Autores

Renato de Oliveira Pereira (ed)
https://orcid.org/0000-0002-3445-0427

Palavras-chave:

Arendt, Hannah, 1906-1975, Eichmann, Adolf, 1906-1962, Totalitarismo, Ideologia, Pensamento, Alienação (Psicologia social), Ciência política - Filosofia

Sinopse

O ponto de partida deste livro é o caso Eichmann, tal como analisado por Hannah Arendt em Eichmann em Jerusalém (1963), obra que resulta de sua participação no julgamento do ex-tenente-coronel da SS responsável pela logística de transporte dos judeus para os campos de concentração e extermínio durante o regime nazista na Alemanha. Conforme mostra o autor, o descompasso entre a monstruosidade dos crimes que Eichmann ajudou a perpetrar e a sua figura perante o tribunal – que não pareceu monstruosa ou maléfica a Arendt, mas completamente normal e até medíocre –, levou-a a cunhar a expressão banalidade do mal. Com tal noção, Arendt designa um novo tipo de mal, o qual não é causado por motivos torpes, instintos corrompidos ou por uma vontade maligna, e sim pela obediência ao dever de ofício ligada a uma recusa do agente em pensar naquilo que faz. Com o objetivo de compreender quais são as condições que propiciam essa incapacidade ou ausência de pensar (thoughtlessness), o autor examina, dentro do arcabouço teórico de Arendt, como não só os regimes totalitários, mas também a própria Era Moderna, produzem a experiência da solidão (loneliness) no interior da sociedade de massa. Tal experiência prejudica a instauração de um
mundo comum no qual possa se afirmar a pluralidade humana, condição para o exercício da capacidade de agir, sentir e também de pensar.

Selo Editorial:

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Aprovado pelo EDITAL No. 01/2020 – PPGFIL/UNESP - Publicações de livros autorais e tradução de artigos científicos aceitos para publicação  

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Biografia do Autor

Renato de Oliveira Pereira

Mestre (2020), bacharel (2018) e licenciado (2017) em Filosofia pela Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp. Entre 2010 e 2011, ainda no ensino médio, foi bolsista do CNPq pelo Programa de Iniciação Científica Júnior (PIBIC-Jr.). Durante a graduação, foi bolsista da Fundação para o Vestibular da Unesp (Vunesp) pelo Programa de Inclusão dos Melhores Alunos da Escola Pública. Sua pesquisa de mestrado contou com uma bolsa da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e diz respeito ao pensamento político de Hannah Arendt. Participou da comissão editorial da revista Filogênese e da organização de eventos de pesquisa voltados para graduandos em filosofia. Atualmente é professor de filosofia na rede pública do estado de São Paulo.

Marcos Antonio Alves, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Filosofia e Ciências - Campus de Marília

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Católica de Pelotas - UCPel (1995), mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP (1999) e doutorado em Filosofia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas/Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência - CLE - da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2012). Professor Assistente Doutor na UNESP no departamento de filosofia e programa de pós graduação em filosofia. Ganhador do 1º Prêmio Marcelo Dascal em Ciência Cognitiva e Filosofia da Mente, tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Epistemologia, Filosofia da Mente e da Informação, atuando, principalmente, no estudo das relações entre informação, cognição, emoções e ação. Presidente da Sociedade Brasileira de Ciência Cognitiva - SBCC - na gestão 2013-2015, é pesquisador vinculado ao CNPq, líder do Grupo de estudos em filosofia da informação, da mente e epistemologia - GEFIME - e Full member da International Society for Research on Emotions - ISRE. Editor da Trans/form/ação: revista de filosofia da Unesp no biênio 2020-2021 e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Unesp no biênio 2020/2021, com aprovação interna corporis do Curso de Doutorado do PPGFIL. 

Adriano Correia Silva, Universidade Federal de Goiás, Instituto de Ciências Humanas e Letras, Departamento de Filosofia
Professor de ética e filosofia política da Universidade Federal de Goiás desde 2006, concluiu o doutorado em filosofia (2002) na Universidade Estadual de Campinas. Realizou pesquisas de Pós-doutorado na Freie Universität Berlin (em 2011, com bolsa CAPES/DAAD) e The New School (Nova York, 2017, com bolsa CAPES). Foi professor e pesquisador visitante em várias universidades estrangeiras e desenvolve pesquisas nas áreas de filosofia política, ética e filosofia do direito, discutindo principalmente as obras dos seguintes autores: Hannah Arendt, Michel Foucault, Immanuel Kant, Giorgio Agamben, Jürgen Habermas e Friedrich Nietzsche. Atualmente atua como professor permanente nas pós-graduações em Filosofia da UFG e da UFES e em Artes da Cena da UFG. É membro da Associação Iberoamericana de Filosofia Política, vice-presidente da Rede Iberoamericana de Filosofia no período 2018-2022 e diretor (vocal) daSociedade Interamericana de  Filosofia, de 2019-2024. Foi presidente da Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia no período de 2017- 2020. É bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq desde 2010.

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Publicado

May 13, 2021

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Detalhes sobre o formato disponível para publicação: Ebook

Ebook

ISBN-13 (15)

978-65-5954-065-5

Date of first publication (11)

2021

Dimensões físicas

160mm x 230mm

Detalhes sobre o formato disponível para publicação: Impresso

Impresso

ISBN-13 (15)

978-65-5954-064-8

Date of first publication (11)

2021

Dimensões físicas

160mm x 230mm