Autoritarismo, fascismo e educação: ainda a premência de que Auschwitz não se repita
Palavras-chave:
Educação, Facismo, Educação- Aspectos Políticos, AutonomiaSinopse
A extrema relevância e atualidade deste livro [...] se torna evidente quando consideramos a advertência de Theodor Adorno sobre a persistência das condições objetivas geradoras do fascismo, mesmo no interior de sociedades democráticas.
[...] O leitor não terá dificuldade em reconhecer a extrema atualidade deste livro[...], pois sua reflexão repercute problemas que não fazem parte de um passado histórico superado, mas reverberam na sociedade brasileira atual, sob o impulso da catástrofe ética e social representada pelo bolsonarismo recente. É relevante notar que o início da pesquisa de doutorado que originou a presente obra, data do ano de 2017, época em que o ovo da serpente estava sendo lentamente gestado, trans-
parecendo na mentalidade moralmente perniciosa do movimento “Escola sem partido”. [...] Um dos grandes méritos da reflexão exposta neste livro consiste em desmistificar a repulsa pública pela esfera da política, que em si mesma integra o
conjunto de sintomas da síndrome fascista. Ao contrário da mentalidade de recusa da política, o autor realça a urgência de uma politização autêntica e autônoma da esfera do poder, para que se torne possível um exercício público potencialmente
resistente à disseminação da barbárie. [...] Hannah Arendt [...] nos lembra que “política” é a esfera do debate público entre diferentes, movido pela perspectiva de um mundo comum. A verdadeira política se traduz no exercício da liberdade
potencialmente voltada para o rompimento do estado de exceção que na realidade atual silencia o debate público e massacra todos aqueles que representam a diferença. [...] O fascista [...] não deseja conservar nada, pois seu desejo, reprimido, ou muitas vezes declarado, se dirige à destruição de tudo aquilo que for possível, desde a vida das pessoas que existem à margem da normalidade social, até as próprias instituições democráticas. [...] Em sintonia com as reflexões de Theodor Adorno, Hannah Arendt, e outros pensadores voltados para a crítica do fascismo, [...] para entender o que é a educação, nesta obra, devemos nos afastar dos aspectos instrumentais muito presentes na escola, buscando compreender esse termo como sinônimo de formação do espírito, em sentido contrário à barbárie. [...] Os leitores que estiverem sintonizados com uma compreensão ampla da educação, voltada para a desbarbarização e pacificação da sociedade, e sobretudo dirigida ao combate a todo tipo de preconceito, saberão encontrar neste livro uma obra de leitura intelectualmente estimulante, esclarecedora e prazerosa.
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