A vida nos contos e os contos na vida das crianças: processos de formação de autoria
Palavras-chave:
Educação, Autoria, Contos, Ensino fundamentalSinopse
É a vida, com seus dramas e traços, vivida por esses seres humanos ainda crianças, que nutre seus contos, suas ilustrações e sua conduta. Mesmo em uma obra de teor acadêmico como esta, não há como o leitor deixar de ser tocado pelas vivências, pelas experiências, pelos enunciados escritos e pelos ditos por Eduardo, ao apresentar a versão final de sua trágica narrativa, contando o que vivera com o assassinato dos pais. Assume, mesmo diante da tragédia, “um ar alegre, entusiasmado e contente”, como registra a pesquisadora, que comenta a sua ilustração em elaboração: “No primeiro momento, entregou-me apenas o que está representado no alto da imagem apresentada aqui: a faca, o homem com a arma na mão, o lápis e os escritos”, mas na última versão, sua ilustração recebe acréscimos: “a lua minguante negra ao lado de um sol triste e assustado como testemunhas das cenas fatídicas, um lápis colorido com o coração a pulsar na ponta, destacando-o, sobrepondo-o acima do cenário trágico.” Em rápidas palavras, explica para a pesquisadora quais os sentidos dos desenhos acrescentados: “A lua ficou triste ao ver os disparos e o sol assustou-se com o sangue. O lápis representa sua entrada na escola, uma mudança em sua vida. Nela recebe muito carinho e brinca com os amigos, por isso ele o colocara acima do cenário trágico.”
Em todos os contos criados pelas crianças a vida reverbera assim, em movimento pendular: ora severa, ora generosa. Mais não conto para não ocupar o papel enxerido de um spoiler.
Auxílio Nº 0798/2018, Processo Nº 23038.000985/2018-89, Programa PROEX/CAPES
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