
Giza Guimarães Pereira Sales
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que iria atuar nas comunidades adventistas nos países Argentina, Uruguai
e Brasil com o m de estruturá-las. Após alguns dias em solo brasileiro,
por volta de fevereiro de 1895, Westphal realizou mais de 20 batismos,
dentre eles, o de Guilherme Stein Jr
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, cuja família havia imigrado da Suíça
e Alemanha (GREENLEAF, 2011).
Com o batismo de Stein inicia-se formalmente a história da Igreja
Adventista do Sétimo Dia no Brasil. O nome de Guilherme Stein Jr. é
relevante para a educação adventista, não só pelo fato de ser o primeiro
converso da denominação, mas porque ele vem a ser o primeiro professor e
diretor das três primeiras escolas adventistas no Brasil (MENSLIN, 2015,
p. 52). Já no ano de 1895, chegaram mais dois pastores, Huldreich F. Graf
e Frederick W. Spies
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.
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G. Stein Jr., descendente de imigrantes alemães e suíços, nasceu em Campinas (SP) em 1871. Foi o primeiro
brasileiro a tornar-se membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, professor e fundador da primeira escola
Adventista no Brasil. Casou-se com Maria Krähenbühl. Em abril de 1895 uniu-se ocialmente ao adventismo.
A partir daí passou a vender literatura Adventista, escrita em inglês, na região de Santa Bárbara, onde se
localizavam colônias de americanos. Partiu com a esposa para Curitiba (PR), onde tornou-se professor no
Colégio Internacional de Curitiba, cujas atividades iniciaram-se em 1º de julho de 1896, como iniciativa de
membros leigos adventistas. Em 1900 tornou-se também o primeiro brasileiro a ser credenciado como Ministro
(Pastor Evangélico) pelos Adventistas do Sétimo Dia. Em 1904, transferiu-se para o Rio Grande do Sul e
trabalhou na direção do Colégio Adventista de Taquari. Depois de breve permanência neste colégio em terras
gaúchas, Guilherme Stein Jr retornou ao interior paulista e xou residência em Rio Claro e, posteriormente, São
Bernardo, dedicando-se ao trabalho de Editor na imprensa Adventista até a sua aposentadoria em 1918. Faleceu
em 05 de outubro de 1957, em São Paulo. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/
glossario/verb_b_guilherme_stein_jr.htm. Acesso em: 23 jul. 2018.
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H. F. Graf, pastor, evangelista, missionário e professor. Nasceu em 1855, na Posnânia, Alemanha. Aos 14
de anos de idade, emigrou para os Estados Unidos, onde conheceu a mensagem adventista, sendo batizado.
Ocupou nos Estados Unidos diversos cargos como professor e pastor. Em 1895 foi enviado ao Brasil pela
Associação Geral, onde dedicou-se ao trabalho evangelístico (1895-1903) e serviu como presidente da Missão
Brasileira (1902-1903). Foi o primeiro pastor ordenado a trabalhar em terras brasileiras. Com poucos recursos,
ajudou a fundar várias escolas que convergiram para o desenvolvimento e estabelecimento do Colégio Adventista
Brasileiro (CAB), atual Unasp-SP. Ajudou também na fundação da Casa Publicadora adventista no Brasil, atual
CPB. Em 1907, retornou aos Estados Unidos e trabalhou em Minnesota, Ohio, Califórnia, por dois anos.
Por volta de 1915, aposentou-se e retornou ao Brasil para car mais perto de seus lhos. Faleceu na noite de
4 de dezembro de 1946, aos 91 anos de idade, em Taquari-RS. Disponível em: http://www.unasp- ec.com/
memoriadventista/enciclopedia/8/013g_graf_huldreich.htm.Acesso em: 23 jul. 2018.
F. W. Spies, Missionário, pastor e administrador. Nasceu em 1866, na Filadéla, Pensilvânia, EUA. Converteu-
se ao adventismo aos 22 anos de idade. Casou-se com Isadora Read em 1892, e da união conjugal nasceu uma
lha: Mabel. Dedicou-se à colportagem. Em 1896, foi convidado pela Associação Geral da Igreja Adventista
do Sétimo Dia a trabalhar como missionário no Brasil. Antes de sua partida, foi consagrado para a obra do
ministério. O trabalho dos adventistas do sétimo dia era então pouco conhecido no Brasil, e o pastor Spies e sua
esposa foram pioneiros entre os que aqui vieram disseminar a mensagem adventista. Dedicou-se inicialmente
ao ministério e trabalho bíblico nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e
São Bernardo, onde gerenciou a Casa Publicadora Brasileira. Embora sendo aposentado em princípios de 1933,
manteve-se ativo, dedicando-se mais a escrever artigos com mensagens de conforto e animação, e a cuidar da
igreja alemã em São Paulo, onde esteve presente até o último sábado de sua vida. Faleceu em 1935, aos 69 anos