Esta obra foi publicada a partir de
edital interno de publicação de
trabalhos de docentes e egressos do
Programa de Pós-Graduação em
Filosofia (PPGFIL) da Unesp, como
parte das comemorações de seus 25
anos. Este e os demais livros
publicados por este edital podem ser
baixados gratuitamente no catálogo
da editora Oficina Universitária:
https://ebooks.marilia.unesp.br/index
.php/lab_editorial. São eles:
- Eichmann e a incapacidade de
pensar: alienação do mundo e do
pensamento em Hannah Arendt.
Renato de Oliveira Pereira
- Hábitos motores e identidade
pessoal. Ana Paula Talin Bissoli &
Mariana Claudia Broens
- O estatuto científico da ciência
cognitiva em sua fase inicial: uma
análise a partir da estrutura das
revoluções científicas de Thomas
Kuhn. Marcos Antonio Alves e
Alan Rafael Valente
- Semiótica e Pragmatismo. Inter-
faces teóricas. Vol. I. Ivo Assad Ibri
- Semiótica e Pragmatismo. Inter-
faces teóricas. Vol. II. Ivo Assad
Ibri
- Verdade e arte: a concepção
ontológica da obra de arte no
pensamento de Martin Heidegger.
Juliano Rabello.
O ponto de partida deste livro é o
caso Eichmann, tal como analisado
por Hannah Arendt em Eichmann em
Jerusalém (1963), obra que resulta de
sua participação no julgamento do
ex-tenente-coronel da SS responsável
pela logística de transporte dos
judeus para os campos de concentra-
ção e extermínio durante o regime
nazista na Alemanha. Conforme
mostra o autor, o descompasso entre
a monstruosidade dos crimes que
Eichmann ajudou a perpetrar e a sua
figura perante o tribunal – que não
pareceu monstruosa ou maléfica a
Arendt, mas completamente normal
e até medíocre –, levou-a a cunhar a
expressão banalidade do mal. Com
tal noção, Arendt designa um novo
tipo de mal, o qual não é causado por
motivos torpes, instintos corrompi-
dos ou por uma vontade maligna, e
sim pela obediência ao dever de
ofício ligada a uma recusa do agente
em pensar naquilo que faz. Com o
objetivo de compreender quais são as
condições que propiciam essa incapa-
cidade ou ausência de pensar
(thoughtlessness), o autor examina,
dentro do arcabouço teórico de
Arendt, como não só os regimes
totalitários, mas também a própria
Era Moderna, produzem a experiên-
cia da solidão (loneliness) no interior
da sociedade de massa. Tal experiên-
cia prejudica a instauração de um
mundo comum no qual possa se
afirmar a pluralidade humana, condi-
ção para o exercício da capacidade de
agir, sentir e também de pensar.
Aprovado pelo EDITAL No. 01/2020 –
PPGFIL/UNESP - Publicações de livros
autorais e tradução de artigos científicos
aceitos para publicação
Eichmann e a incapacidade de pensar
alienação do mundo e do pensamento em Hannah Arendt
Renato de Oliveira Pereira
Este livro foi publicado a partir de edital interno de
publicação de trabalhos de docentes e egressos do Programa de
Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL) da Unesp. Como parte
das comemorações de seu jubileu de prata, o PPGFIL vem
realizando e promovendo uma série de atividades em diversos
segmentos. As obras aprovadas no edital foram publicadas em
conjunto pelas editoras Oficina Universitária e Cultura
Acadêmica.
A Oficina Universitária é um selo editorial da Faculdade de
Filosofia e Ciências da Unesp, campus de Marília, apoiada pelo
Laboratório Editorial da FFC. Foi instituída com o objetivo de
criar condições e oportunidades para a difusão de pesquisas e
tornar públicos os resultados dos trabalhos do corpo docente
da FFC. Já a Cultura Acadêmica, selo da Fundação Editora da
Unesp, visa auxiliar principalmente o atendimento às
múltiplas demandas editoriais da Unesp. Com a ampliação do
número de títulos editados pelo selo, são abertas novas
oportunidades de publicação num momento em que a pesquisa
acadêmica e sua divulgação são cada vez mais necessárias.
Eichmann e a incapacidade de pensar:
alienação do mundo e do pensamento em Hannah Arendt
Renato de Oliveira Pereira
ISBN 978-65-5954-064-8